Sobre o acesso à arte
"As poucas manifestações artísticas são pouco frequentes neste país, no geral muito caras e sempre se localizam em grandes capitais. Os meios de reprodução da arte, como por exemplo a tv, o rádio, o disco, para muitos são os únicos veículos que permite chegar à arte e nos faz familiarizar com as obras. Esses meios, no entanto, são bem poucos. Além de circunstancialmente insuficientes, eles o são também de um modo intrínseco: não substituem a relação direta com a obra. Mesmo nas melhores reproduções, é impossível obter-se a superfície rugosa de uma tela do Van Gogh. Do mesmo modo, a sinfonia ouvida no rádio ou na vitrola, por mais que sejam aperfeiçoados os aparelhos, não substitui a sala de concertos. Nem a peça de teatro ou o filme transmitidos pela televisão substituem a representação no palco ou a projeção no cinema.
As técnicas de reprodução não são suficientes. Não é apenas necessário termos acesso às artes pelos álbuns, pelo rádio, pelos discos, pela televisão, é necessário também ir a museus, a concertos, a teatros, a cinemas, a exposições. É necessário visitar monumentos. É necessário poder ler. Somos condenados a redobrar nosso empenho, nosso interesse, nossa busca."
(Texto extraído do livro O que é Arte?, de Jorge Coli. Editora Brasiliense, 1984.)
As técnicas de reprodução não são suficientes. Não é apenas necessário termos acesso às artes pelos álbuns, pelo rádio, pelos discos, pela televisão, é necessário também ir a museus, a concertos, a teatros, a cinemas, a exposições. É necessário visitar monumentos. É necessário poder ler. Somos condenados a redobrar nosso empenho, nosso interesse, nossa busca."
(Texto extraído do livro O que é Arte?, de Jorge Coli. Editora Brasiliense, 1984.)
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